As principais causas de prurido crônico e intenso nos animais são as alergias. Estas são representadas por uma coceira e/ou lambedura intensa, evoluindo para feridas, queda de pelame, crostas, eritema (vermelhidão) e inflamação da pele e/ou de condutos auditivos. Por vezes, o quadro evolui para infecções secundárias, sejam elas por leveduras e/ou por bactérias, as chamadas de malassezioses e piodermites de repetição.
O sucesso para controlar a coceira e proporcionar uma boa qualidade de vida ao seu pet são diversos, dentre eles, podemos citar:
– medicações orais ou injetáveis antialérgicas;
– antibióticos ou antifúngicos sistêmicos e tópicos (quando nas infecções secundárias);
– controle de ectoparasitas;
– banhos com produtos específicos;
– adequada alimentação;
– suplementações, quando necessário;
– hidratação da pele;
– medicações a base de anticorpos monoclonais;
– melhora do estresse e do ambiente onde o cãozinho ou gatinho vive.
Cada paciente é avaliado minuciosamente para que se escolha o melhor tratamento.
As principais causas das dermatites alérgicas são as provocadas por picada de insetos, alimentos e alergenos do ar, tais como ácaros do pó, pólens, gramíneas e outras plantas, esta última conhecida como dermatite atópica.
DERMATITE ATÓPICA
Se a dermatite atópica for diagnosticada, existe a possibilidade de realizar os testes alérgicos (intradérmio, prick test e /ou sorológico). Caso haja uma alta positividade aos alérgenos do ar, o tutor será orientado sobre o manejo ambiental e também será informado sobre a elaboração de uma “vacina alérgeno específica”, também conhecida como “imunoterapia alérgeno específica”. As vacinas para alergia são usadas para que o paciente tenha uma melhor tolerância aos principais alérgenos que fazem parte de seu cotidiano, melhorando em muitos casos seus sintomas de coceira crônica.
HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR
Se a alergia alimentar for suspeita, é necessário a prescrição de uma dieta hipoalergênica (caseira ou sob a forma de ração) por no mínimo 2 meses. Depois desse período, se houver melhora do quadro pruriginoso, inicia-se a dieta de reexposição, ou seja, o paciente será “desafiado” por outros alimentos em que costumava ingerir a fim de se fechar o diagnóstico de alergia alimentar.